sexta-feira, 30 de julho de 2010

Elizabeth a rainha virgem


A “rainha virgem”.
O rei inglês Henrique VIII, era casado com a espanhola Catarina de Aragão. O soberano era louco para ter um filho homem, no entanto sua esposa lhe deu uma filha, Mary. Mas, o rei queria muito um menino, para que fosse seu sucessor, então resolveu casar-se novamente. A Igreja Católica não permitiu que o rei se casasse novamente, a não ser que ele obtivesse o aval do papa, mas esse lhe foi negado. Com a convicção de que só uma nova esposa lhe daria o tão sonhado filho, Henrique VIII fundou a Igreja Anglicana. Foi aí que pôde se casar com Anna Bolena, porém, essa também lhe deu uma filha, Elizabeth. Rejeitando a esposa por ter lhe dado uma menina, Henrique VIII forjou uma acusação de adultério, que resultou na decapitação de Anna em 1536. O rei casou-se novamente, com Jane Seymour, que morreu logo após dar a luz ao filho tão desejado, Edward.

Mesmo depois de realizado seu desejo, o soberano casou-se e descasou-se diversas vezes. Quando Elizabeth completou 13 anos de idade, Henrique VIII morreu. Como era esperado, Edward I assumiu o trono, tinha apenas 9 anos de idade.
O novo rei era de saúde frágil, permaneceu no trono por pouco tempo, quando, em 1553, morreu de tuberculose. A sucessora por direito foi Mary, ela era católica, o que revoltava os anglicanos, por isso eles apoiavam Jane Grey, uma parente distante do rei morto, para assumir o poder. Mary conseguiu deter os revoltosos e garantir o poder. Era uma mulher muito nervosa e paranóica, após assumir o trono tratou de restaurar sua religião no país, mandou 300 pessoas para a fogueira. Além disso, casou-se, em 1554, com o então rei da Espanha, Felipe II, essa atitude a tornou mais odiada entre os ingleses que não viam com bons olhos a união da frágil Inglaterra com a Espanha, a nação mais poderosa daqueles tempos.
Mary suspeitava de que sua meio-irmã Elizabeth estivesse por trás dos levantes protestantes, por isso, resolveu trancafiá-la na Torre de Londres, onde ficou por quatro anos. Com a morte de Mary, em 1558, Elizabeth teve a oportunidade de assumir o poder. Quando tomou posse do poder ela percebeu que os ingleses estavam divididos entre católicos e protestantes e, o tesouro real estava acabado. O viúvo de Mary I estava de olho no poder e, para completar, a França sustentava uma forte e poderosa aliança com a católica Escócia, ameaçando uma invasão pelo norte. Elizabeth organizou um time de conselheiros cuja qualidade principal era a competência. Ao invés de desafiar o parlamento ela promovia diversas alianças com o mesmo.

A soberana reforçou a autoridade dos nobres, mas por outro lado cobrou deles responsabilidades com a chamada Lei dos Pobres, na qual o senhor feudal era obrigado a cuidar dos necessitados de seu feudo. Propôs trégua à França, cedendo a posse do porto de Calais. Ao Contrário do que fez com a França, Elizabeth financiou secretamente grupos protestantes para desestabilizar o governo da sua prima, a rainha escocesa Mary. Para conter a ambição do viúvo de sua meia-irmã, Mary I, a rainha passou a flertar com ele, enrolou-o por anos para depois dispensá-lo.
Com essas ações, ela conseguiu manter a Inglaterra livre de invasões. A questão religiosa se manteve como um dos grandes problemas do início do reinado da “rainha virgem”, como ficou conhecida.
Elizabeth resolveu instalar novamente a Igreja Anglicana, criada por Henrique VIII. Ela não queria uma guerra civil, por isso deu voz aos católicos no Parlamento. Mas as revoltas religiosas continuaram, tanto que, em 1569, um grupo de nobres católicos rebelou-se no norte da Inglaterra. Para sufocar essa revolução, Elizabeth mandou massacrar os revoltosos e, confiscar os bens de seus herdeiros que ficaram privados da herança. Em contrapartida, o papa excomungou Elizabeth, em 1570. Em 1585, o rei espanhol Felipe II declarou guerra à Inglaterra, reunido a maior frota já vista. Em compensação, a inglesa tinha apenas 197 embarcações. Para a sorte de Elizabeth os espanhóis foram vítimas de uma tempestade no Canal da Mancha, apelidada de “castigo protestante”, e ficaram desgovernados. Os ingleses aproveitaram a chance e massacraram 5 mil soldados inimigos. Alguns espanhóis conseguiram escapar, entre eles o duque de Medina-Sidônia. Essa vitória deixou a Inglaterra entre as maiores potências daquela época. Com a proximidade da velhice e da morte, Elizabeth I estava preocupada em quem seria seu sucessor, o herdeiro do trono. Segundo alguns estudiosos, ela teria indicado seu sobrinho, James I da Escócia, filho de sua prima-rival, Mary. Para outros, isso não aconteceu de fato. O que se sabe é que a “rainha virgem” faleceu em 1603, e foi a última da dinastia Tudor.

Rainha Elizabeth II

É a mais velha monarca britânica de todos os tempos e a primeira rainha a celebrar os 60 anos de casamento. Conhecida por Rainha Elizabeth II, o seu título oficial deixa qualquer um sem fôlego: Isabel Segunda, pela Graça de Deus, do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e de Seus Outros Reinos e Territórios Rainha, Chefe da Comunidade Britânica das Nações, Defensora da Fé.

Nascida a 21 de Abril de 1926, em Mayfair, Londres, filha do príncipe Albert, Duque de York e Elizabeth Bowes-Yok, duquesa de York. Foi educada em casa sob a supervisão da mãe. Estudou história e línguas modernas, falando francês fluentemente. Instruída em religião com crença na Igreja de Inglaterra. Aos 10 anos, tornou-se herdeira directa do trono, após o pai se tornar rei. Tinha 13 anos quando começou a Segunda Guerra Mundial, o que a levou juntamente com a irmã Margaret a serem evacuadas do Castelo de Windsor.

Em 1945, uniu-se ao Serviço Territorial Auxiliar, tendo sido treinada como motorista. A sua primeira visita oficial aconteceu em 1947, acompanhando os pais à África do Sul. Quando completou 21 anos, fez um juramento de devoção de vida ao serviço do povo da Comunidade e do Império. Ainda em 1947, casou com Filipe, Duque de Edimburgo, seu primo em terceiro grau.

Após o casamento, o casal mudou-se para Clarence House. Um ano depois deu à luz o primeiro filho, Charles de Edimburgo. Teve ainda mais três filhos: Anne, a Princesa Real, Andrew, Duque de York e Edward, Conde de Wessex. Em 1951 a saúde do pai, o rei Jorge VI, estava muito debilitada e ela substituiu-o em diversos eventos. Aquando da morte dele, estava num hotel no Quénia. Neste hotel entrou princesa e saiu rainha. A 2 de Junho de 1953 foi coroada na Abadia de Westminster. Após este acto, mudou-se com a família para o Palácio de Buckingham.

Tem feito variadas visitas oficiais à maioria das nações. É conservadora em questões religiosas, morais e familiares. Tendo em conta isto, percebe-se porque é que durante muito tempo se recusou a aceitar o segundo casamento do filho Charles. Tem mantido sempre uma relação cordial com os políticos de todos os partidos e as únicas questões públicas em que interfere, são as que afectam a unidade dos seus reinos. Bastante respeitada pelas populações de seus reinados, apenas foi desaprovada publicamente em 1997, por não ter assistido a algumas cerimónias fúnebres em memória da Princesa Diana.

Em 2002 comemorou-se o Jubileu de Ouro, que marcou os 50 anos da sua ascensão ao trono. Mas este ano ficou marcado por alguns episódios tristes, como a morte da Rainha-mãe e da sua irmã. No ano seguinte, fez três intervenções cirúrgicas, duas ao joelho e uma a lesões no rosto.

Actualmente passa alguns deveres monárquicos aos filhos, com quem mantêm uma relação distante. Apesar de ter tido sempre uma postura reservada em público, ultimamente já começa a esboçar um sorriso em alguns eventos públicos.

Elisabethe e seus principais feitos

RAINHA ELIZABETH 1
Rainha da Inglaterra e da Irlanda (1533-1603). A última das governantes da dinastia Tudor, durante seu reinado a Inglaterra torna-se uma potência mundial. Filha de Henrique VIII e sua segunda esposa, Ana Bolena, que foi decapitada quando Elizabeth (nascida Isabel) tinha 3 anos. Nasce em Greenwich, perto de Londres, passa a infância fora da Corte, estuda línguas, música e dança. Volta à Corte ao cair nas graças da sexta esposa de Henrique VIII, Catherine Parr, e sobe ao trono em 1558, após a morte de seus meio-irmãos Eduardo VI e Maria I. Implanta definitivamente o protestantismo e a Igreja Anglicana na Inglaterra. Enérgica e autoritária, persegue católicos e membros da seita presbiteriana dos puritanos. Temendo conspirações dos católicos, aprisiona e manda decapitar em 1587 Mary Stuart, sua prima e rival, rainha católica da Escócia. É o pretexto para a declaração de guerra do católico Felipe II, rei da Espanha, que tenta combater as incursões inglesas nos territórios coloniais espanhóis. A vitória sobre a frota espanhola, a Invencível Armada, em 1588, abre caminho para a Inglaterra se tornar potência colonizadora do Novo Mundo e estabelecer sua supremacia marítima. Elizabeth desenvolve o comércio e a indústria e incentiva o renascimento das artes e a liberação dos costumes. A Bolsa de Londres, aberta em 1566, torna-se um dos principais centros financeiros da Europa. A Companhia das Índias, criada em 1600, expande o comércio externo. Durante seu reinado, a literatura tem um grande florescimento. São do chamado período elizabetano as obras de William Shakespeare, Edmund Spenser e Christopher Marlowe. Elizabeth jamais se casou, e é conhecida como a "Rainha Virgem".